Esmeralda finalmente

A ler Tribunal dá razão ao pai biológico de Esmeralda no processo de regulação paternal no público. Como se não entrasse pelos olhos adentro:

O Tribunal da Relação de Coimbra deu razão ao pai biológico da menor Esmeralda Porto no processo de regulação do poder paternal que o opunha ao casal que tinha a menor à sua guarda.

Referência: Caso Esmeralda neste mesmo blog.

9 Respostas to “Esmeralda finalmente”


  1. 1 snowgaze Setembro 27, 2007 às 12:19 pm

    Essa é uma história que tem vindo a ser muito mal contada. Só pode. E dá-me a impressão que se alguém fizer um acordo verbal com uma mãe que não tenha hipótese de ficar com o seu filho bebé, basta esconder a criança das autoridades o tempo suficiente para depois de reclamar que os pais “de afecto” é que devem ficar com a criança, para a dita não sofrer. Aquela miúda que foi raptada do hospital, se se tivesse mantido com a raptora mais uns 4 anitos, se calhar também “devia” ficar com a única mãe que sempre conheceu…

  2. 2 aNtónio Setembro 27, 2007 às 1:16 pm

    Pois é. As pessoas embarcam em campanhas com meias verdades e depois têm dificuldade em reconhecer a outra versão, quando não encaixa naquilo que pretendem ouvir.

  3. 3 setora Outubro 2, 2007 às 3:58 am

    É mesmo, António. Fiquei de boca aberta com o circo que a D. Fátima voltou a montar no Prós e Contras. Valeu o Nuno Lobo Antunes mas ninguém o ouviu. Ele afirmou o superior interesse da criança – ter um pai que quer criá-la, que a quer com ele e com a sua família. Pela minha profissão dou conta que as crianças adoptadas ou institucionalizadas guardam como mágoa maior o abandono parental. Não sei como a experiência de todos aqueles psicólogos, pedopsiquiatras, pediatras é tão diferente da minha.

  4. 4 lili Outubro 2, 2007 às 5:02 am

    Mas será possível que ninguém se tenha lembrado de que aquilo que a mãe da Esmeralda, que infelizmente para ela é o nome pelo qual agora a chamam, quando afinal durante cinco anos, por razões que lhe são absolutamente alheias umas pessoas que ela até pensava que eram o pais dela lhe chamavam Ana Felipa. Como ía dizendo que a mãe bilógica da menina entregou a filha a uns desconhecidos, sem mais nem menos, porque em Portugal a venda e entrega de filhos para adopção, desde que estivesse provado não ser para meios ilícitos como pedofilia ou prostituição, é legal?! Ou pelo menos era até há quinze dias atrás, espero que o no códiogo penal tenha alterado essa lei.

  5. 5 lili Outubro 2, 2007 às 5:06 am

    A “setora” perdoe-me, mas conheço muitos pais que adoptaram os seus filhos e que são famílias felicíssimas. Os filhos não têm nenhum complexo nenhum, nem trauma e o dr. Nuno Lobo Antunes foi bastante infeliz com o modo como expôs o assunto, porque parece dar razão às pessoas que professam a mesma opinião que a “setora” professa.

  6. 6 setora Outubro 4, 2007 às 3:24 am

    Também conheço adoptados e adoptantes satisfeitos. Os pais biológicos ou são desconhecidos ou desaparecidos. Felizmente não conheço adoptantes de adoptados cujos pais biológicos os quisessem e pudessem criar. Espanta-me que alguém recolha o filho de uma mãe numa situação de dificuldade para o educar e exija o seu puro e simples desaparecimento da vida do filho. Espanta-me que alguém guarde uma criança cujo pai a reclama. Já algures referi ter conhecido duas espantosas irmãs que, vivendo ao pé de um hospital pediátrico aí foram buscar crianças abandonadas. Restabeleceram, estimularam e mantiveram os laços com as famílias e educaram as crianças. Nunca pretenderam adoptá-las. Elas tinham pais, irmãos…
    Também conheço uns adoptantes cuja filha adoptiva lhes foi entregue com um nome extravagante de que não gostavam. A menina manteve o seu nome e tudo fizeram para que se sentisse bem com ele.

  7. 7 lili Outubro 7, 2007 às 10:14 pm

    Adoptados e adoptantes, os rótulos que a setora lhes impõe, só por si, já são um estigma.

  8. 8 setora Outubro 9, 2007 às 1:37 am

    Adoptante é o que adopta, não vejo onde está o estigma. Os filhos adoptivos que conheço dizem tranquilamente que foram adoptados – não vejo o estigma. Julgo que nem eles nem eu temos preconceitos em relação à adopção.
    Não vale a pena jogar com as palavras.
    Não conhecendo nenhum dos envolvidos no caso, pretendo apenas, com os dados de que disponho, analisar as situações. Do que li e ouvi parece-me haver má fé na actuação do casal que tem neste momento a criança. Mas não sou juiz.

  9. 9 solario Dezembro 15, 2007 às 2:06 am

    Acho uma monstruosidade afastar a menina dos pais afectivos. Penso que o pai biologico poderia ter direito de visita. E penso que a criança devia ser ouvida, à semelhança do que já se faz noutros países da europa.
    A justiça está a ignorar os relatórios de especialistas em saúde mental infantil, o que me parece grave .
    A justiça, em vez de respeitar o interesse da criança está a maltratar a criança.


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